As capelas e oratórios são bastante frequentes na região do Norte. Geralmente são construídas em granito, por vezes rebocadas e pintadas de branco, com uma decoração simples e particular.
As capelas eram construídas de acordo com os regulamentos paroquiais e sempre abertas ao público, com uma porta que abria para a rua. Tratava-se de uma das condições exigidas pelo arcebispado de Braga para autorizar a sua construção.
Normalmente, as capelas eram dedicadas a Nossa Senhora ou a um Santo Padroeiro, materializado em madeira, pedra ou mesmo pintura.
A ermida que aqui encontramos, por sua vez, foi construída pela família para poder viver os seus momentos de oração num ambiente mais recolhido e particular, envolvidos por uma paisagem natural magnifica.
Segundo registos bibliográficos, sabe-se que a princesa peruana, D. Catarina Capa Yupange tinha deixado algumas recomendações após a sua morte, para que o seu corpo fosse amortalhado no hábito de São Francisco – “no abyto do sõr sam fr.co”- e que fosse enterrada no interior da ermida onde o marido estava depositado e que havia mandado construir dentro da quinta sob a invocação de Nossa Senhora: “desta qimta de nossa sora q(ue) o dito amt.º Ramos meu marido aqui edifycou”.