4. Jardim – Conceção do Jardim

A conceção do jardim centra-se na subordinação da natureza a um plano de conjunto que tem como ponto de partida e referência a casa. A sua integração é conseguida através de um pequeno eixo, reforçado pela beleza pontual de uma pequena rotunda, delimitada por bancos e uma fonte central.

O tratamento do terreno e vegetação obedece a um plano em que tudo se integra perfeitamente, submetendo-se a paisagem a regras arquitetónicas que permitem explorar certos pormenores e que imprimem grande dignidade a toda a composição.

A vegetação assume na arte barroca um carácter formal, através da técnica da topiária. Esta consiste no manuseamento da vegetação, conferindo-lhe formas geométricas ou decorativas. Os buxos talhados e os parterres (canteiros geométricos) são exemplos, que em muito contribuíram para a composição do jardim. Os buxos traçavam cenários labirínticos, criando espaços intimistas, de forma a proporcionar alegoricamente a ideia de percurso. No Norte de Portugal verifica-se ainda, com um cariz especial, a utilização de japoneiras (Camelia japonica) no desenho do jardim, como podemos observar pelo alinhamento imponente destas japoneiras seculares.